Música
Boa noite, eu volto a repetir que é sempre com muito prazer, por mais que a corda do violino esteja esticada
e é realmente pela presença de Deus
e hoje cada vez eu fico mais impressionada com Deus e com Jesus
o Espírito Santo me impressiona profundamente
porque eu ia ligar para o Moninha para poder tocar a música do Zaqueu
e aí eu chego aqui e tem a música do Zaqueu
então eu vejo como é que o Espírito Santo trabalha
e hoje eu quero falar exatamente sobre hoje
sobre a presença de Deus hoje
sobre como é que Deus anda conosco hoje
sobre os milagres que acontecem hoje
e aí tudo já foi precedido
já foi feito a antessala, o Espírito Santo já preparou tudo antes
então eu gostaria que vocês estivessem, se quisessem anotar
do Evangelho de Lucas
hoje eu quero comentar com vocês algumas coisas do Evangelho de Lucas
e hoje nós vamos olhar as sete passagens, sete trechos
que Lucas, o Evangelho inteiro de Lucas
ele fala sete vezes hoje
Lucas, vocês deixam aberto em Lucas capítulo 2
nós vamos caminhar daí até o último capítulo
então eu gostaria que vocês começassem a prestar atenção nessas coisas da Escritura
tem um sentido porque Lucas fala hoje sete vezes
sete vezes na vida de Jesus ele fala hoje
e como é que é esse hoje?
hoje
hoje
hoje
hoje





















No tempo de Deus, não foi aquele
é hoje
é no nosso mundo, é agora que Deus age
é agora
e isso é simplesmente maravilhoso
às vezes a gente não tem muita consciência, né?
toda vez que a gente vai à missa, o padre fala assim
o Senhor esteja convosco
e o que a gente responde?
talvez a gente não tenha consciência do que responde
mas isso é uma profissão de fé
a gente fala
ele está no meio de nós
as vezes a gente responde ao padre olhando pro céu
olhando pra alguém bonito que está do lado
olhando na roupa de alguém que interessa
está disperso na igreja
e responde, ele está no meio de nós
eu acho que a gente não toma posse das palavras que a gente diz
então a gente nunca acha que Deus está aqui hoje
presente comigo, andando conosco
com cada um de vocês
então o que nos falta muito é essa consciência da presença
mas é hoje, nos dias que vem, que Deus está aqui hoje

Hoje que ele está presente.
Então eu queria que vocês começassem a prestar atenção nos trechos que Lucas coloca.
O primeiro trecho que ele fala a palavra hoje, em Lucas capítulo 2, versículo 11, onde ele diz.
Nasceu-vos hoje um salvador, que é o Cristo Senhor, na cidade de Davi.
O Filó, nasceu-vos hoje um salvador.
Ele está se referindo ao nascimento de quem?
De Jesus.
E hoje?
Hoje nasce cada um de nós de novo, se a gente quiser.
O que Jesus falou para Nicodemos?
Necessário vos é nascer de novo.
Cada vez que a gente dá um passo na nossa fé, cada vez que a gente trabalha a nossa conversão, a gente nasce de novo.
A nossa Páscoa é todos os dias.
Todos os dias que eu vou tomando a consciência da presença do Senhor.
Que hoje eu posso.
Que hoje eu posso começar de novo.
Que hoje eu posso ser melhor do que ontem.
Que hoje eu posso ser uma pessoa mais feliz.
Que hoje eu posso ter mais consciência da presença de Deus.
Hoje eu estou nascendo.
De novo.
Hoje ele está me recriando.
Porque assim eu permito.
Porque hoje ele me recria.
Porque eu falei, vem Jesus, me recriar.
Mas é hoje, é agora.
Para Deus não tem ontem, nem tem amanhã.
Tem hoje.
Por que é tão difícil a gente nascer hoje?
Porque a gente fica muito parado lá no passado.
Sofrendo por coisas que já aconteceram.
E aquilo fica remoendo o nosso coração e a gente não caminha.
Ou então a agonia daquilo que não aconteceu e eu pedi, parece que Deus está surdo, né?
Ele não me escuta.
Não deixa a gente viver hoje.
Porque numa hora dessa, o que a gente faz?
Se abandona.
Se entrega, dá um salto e fala.
Eu tenho um pai, confio nele.
Mas é hoje e é agora.
Então hoje nós temos a oportunidade de nascer de novo.
Hoje.
A segunda vez que Lucas fala hoje, ele fala em Lucas 3, versículo 22.
É no batismo de Jesus.
E ele fala, tu és o meu filho, eu hoje te gerei.
Eu hoje te gerei.
Somos todos gerados.
Em Deus, se deixarmos.
Se caminharmos.
Se permitirmos a efusão do Espírito Santo em nós.
Se descobrirmos o espaço de Deus em nós.
Todos os dias podemos ser gerados.
Todos os dias podemos começar.
Todo dia, eu se eu quiser, eu começo uma profissão de fé diferente.
Eu assisto uma missa diferente.
Eu estou realmente na presença do Senhor.
Hoje ele toma conta.
Hoje ele cuida.
Ele cuidou de cada um, porque cada um estivesse aqui.
Hoje.
Aqui, agora.
Assim ele quis.
Então eu te gero, meu filho, no Espírito.
Eu te gero para te transformar naquilo que um dia eu sonhei para você.
E que porque você está tanto tempo guardado,
você foi colocando tanta máscara,
você foi colocando tanta capa,
que até que eu consigo tirar todas para você nascer de novo.
Para que eu consiga buscar a sua essência.
Eu quero.
Eu quero te buscar.
Não foi isso que eu fiz, não.
Mas até que a gente permita não deixar ser transformado no que nós estamos fazendo conosco.
Porque todas as vezes que a gente fica longe dele,
a gente fica pior.
Porque só Jesus nos faz cada dia melhor.
Só ele que nos transforma.
Só ele.
Ele é inexplicável.
Porque ele pode transformar todo o nosso coração,
toda a nossa vida, todos os nossos conceitos.
Só ele pode mudar o caminho e falar,
por esse caminho aqui, eu acho que não está bom.
Porque à medida que a gente vai convivendo com ele,
ele vai te mostrando aquilo que não está certo.
Aquilo que não condiz com a presença dele na nossa vida.
E aí nós vamos sendo gerados.
Você é o meu filho.
Vocês têm consciência que tem pai?
Às vezes a gente anda nesse mundo sem achar que tem pai.
E não tem nada igual ter pai.
Não tem.
Aquele pai que você pode falar com ele a hora que você quiser.
A hora que você quiser.
Não tem, não tem uma mágica.
Não tem que marcar hora, não se paga em dólar, nem em euro.
Mas você fala, meu pai, eu preciso de você.
E ele te escuta.
É do seu coração para o coração dele.
Ontem uma cliente chegou angustiada no consultório e falou assim,
eu pensei em você demais, porque eu falei, filó, vai ter a luz.
Eu falei, eu não tenho a luz, não querido.
Eu te mostro quem é a luz.
Sai daqui do consultório, vai ali na igreja de Santa Efigênia.
Vai lá, vai lá no Santíssimo e fala o que você está falando para mim, para ele.
É do seu coração para o coração dele.
Eu te garanto que ele já tem a resposta.
Mas aí fica quietinho que ele vai te falar.
É hoje, é agora, ele vai te responder hoje.
A nossa agonia não deixa perceber a presença do Senhor.
E a gente anda como se não existisse, só andasse na presença de pai.
A gente anda muitas vezes como se fosse órfão.
É tão triste ser órfão.
Porque a gente não conta com ele.
A gente não sabe o que é falar, o meu pai fará.
Eu sei que o meu pai está no comando.
Eu sei que o meu pai vai tomar a melhor decisão.
Mesmo com uma profissão de fé maravilhosa que eu escutei de mamãe lá no CTI,
quando o bebê estava no limite mesmo, no limite não tinha mais,
um problema de coração muito grave,
que a gente não tinha mais o que fazer.
Eu falei, nesse momento, ou o bebê recuperará, vai responder, ou ele morre.
E ela disse para mim, doutora, meu Deus é o Deus dos milagres.
Ele pode.
Eu falei, pode.
Mas também se ele não curar a minha filha, não fizer o milagre,
ele continuará sendo Deus, não é?
Porque não há nada debaixo da terra que não lhe pertença.
Essa mãe já tinha passado por muitas, não é?
Já tinha provado a fé dela.
Realmente o bebê.
Não venceu, morreu.
Nem sempre a gente tem bons resultados, não é?
Mas ela conseguiu manter a fé dela até no momento do bebê ir.
Esteve ao lado dele até que ele fosse na fé.
Na certeza da presença.
Que nada me pertence.
Mas que eu sou filha de um pai amoroso que cuida de mim com detalhes.
Porque Deus é exagerado.
Se vocês começarem a deixar as coisas para ele ajudar, para ele orientar,
vocês vão ver como é que ele é rico de detalhe.
Ele faz cada coisa com detalhes.
Você fala, como é que você sabia disso?
Claro que ele sabia, ele é seu pai.
Ele sabe.
O nosso maior problema é não ter consciência de ser filho.
O dia que a gente tomar consciência que somos filhos de um Deus,
que é pai, senhor absoluto do universo,
que ele tem um projeto para a minha vida maravilhoso,
que se chama eternidade comigo.
Oh, mas nós vamos dar um salto que vocês não têm noção.
Não.
Nós vamos dar um salto.
Nossa vida vai ficar tão melhor.
Vamos caminhar tão melhor.
Porque, na verdade, Deus quer que a gente experimente o amor dele.
O dia que a gente sentir o amor de Deus, nós converteremos.
Não precisa de esforço.
O dia que a gente descobrir o quanto ele nos ama.
A gente acha que sabe.
Sabe não.
O dia que a gente não permite experimentar,
a gente não permite deixar.
A gente não permite ser amado.
A gente não permite entregar na mão dele.
A gente vive desconfiado.
É o povo desconfiado.
Fala, mas será que ele vai fazer?
Eu como tinha uma residente minha atrás de mim.
Filó, está dando tudo tão certo que eu acho que vai acontecer uma desgraça.
Falei, minha filha, vai devagar.
A gente pode ser feliz, criatura.
Filó, não sei não.
Estou achando uma dúvida.
Confiava em nada.
Não sabia de nada.
Não tinha noção.
Falava, você ainda vai aprender, florzinha.
O que significa ser amada?
Depois vocês vão lá em Lucas 4, 21.
Vocês vão lembrar dessa história.
Quando Jesus está na Galileia.
E que ele vai lá na sinagoga.
E ele lê aquele pergaminho de Isaías.
Quando ele termina de ler, ele fala.
Hoje se cumpriu na escritura.
Quando ele fala dele.
É quando ele fala que aí vai acontecer os milagres.
Os cegos vão ver.
Os surdos vão ouvir.
Os paralíticos vão andar.
Tantos milagres.
Milagres vão acontecer.
Não é?
Tantos milagres vão acontecer.
Hoje.
Quantos milagres acontecem na vida da gente?
Hoje.
Inúmeros.
Eu posso contar para vocês uns cem números.
Que eu vejo todos os dias.
Hoje.
Mas o maior milagre Deus faz dentro do nosso coração.
Mas é porque ele age em silêncio.
Quando ele nos faz ver.
Às vezes a gente está numa situação difícil.
Que a gente não está conseguindo enxergar nada.
De repente a gente tem um insight.
Às vezes você está dando tudo errado naquele dia.
Nada acontece.
De repente acontece alguma coisa.
Você fala.
É Jesus.
Foi ele que fez isso.
Aí o seu olho se abre.
E você vê a presença dele.
Porque o dia inteiro ele está atento à nossa necessidade.
Ele está tomando conta.
E ele falou com os discípulos assim.
Que vocês se alegrem.
Coragem.
Eu estou com vocês.
Coragem.
Eu venci o mundo.
Tribulações vocês vão ter.
Aflições vão ter.
Mas confie em mim.
Confie na minha presença.
Que cuida de você.
E cuida.
Com tanto zelo.
Tanto carinho.
Eu acho que a gente atropela mais Deus.
Do que ele.
Consegue fazer as coisas.
Porque a gente invade muito.
A gente não deixa Deus agir.
Quando as pessoas falam.
Mas o que eu faço?
Entrega.
Mas e aí?
Aí nada.
Entregou.
Mais nada.
Entregou.
Aguarde.
Ele fará.
Mas a nossa agonia é tamanha.
Que a gente não consegue esperar.
As demoras de Deus.
A gente acha que é a demora dele.
Não é?
Na verdade ele é tão perfeito.
Que ele está costurando as coisas.
De forma que quando termina você fala.
Que espetáculo.
Não é?
Quem podia fazer isso com tanta perfeição?
Só ele.
Que foi exatamente o que.
Vocês vão ler lá em Lucas 5.26.
Que é aquela cura daquele paralítico.
Que a casa que Jesus estava.
Estava tão cheia.
Tão cheia.
Que eles vinham.
Quatro homens estavam trazendo um paralítico na maca.
Como eles não conseguiam chegar em Jesus.
Eles desceram pelo telhado.
Não é assim?
E aí Jesus faz a cura.
E as pessoas falam.
Hoje nós vimos coisas maravilhosas.
Hoje nós vimos coisas estranhas.
Mas sabe o que é?
Quando Deus chega muito pertinho.
Quando o poder de Deus.
Acontece.
A gente fica extasiado.
A gente fica sem palavras.
Quando Deus faz.
A gente fica maravilhado.
Né?
A sensação que vocês estão.
A gente fica maravilhado.
A gente fica sem ação.
Eu vejo coisas acontecer que eu falo.
Só pode ser Jesus.
E a gente fica sem palavras.
Diante de quando.
De ação de Deus.
É assim que esse povo ficou.
Lá naquela época.
Diante da ação dele.
Ele veio no paralítico.
Desceu pela maca.
E de repente ele saiu andando carregando a maca.
Vocês imaginam hoje.
Isso aconteceu lá.
E hoje?
Quantas pessoas da cama ele levanta?
Quantos de nós?
Né?
Às vezes abatido.
Desanimado.
Cansado.
Não acreditando em nada.
Nós estamos vivendo a era da depressão.
Da síndrome do pânico.
Isso não é só nos adultos não.
Nas crianças também.
Né?
Tanta criança com síndrome do pânico.
Tanta criança doente.
Doente da alma.
Não é?
E na verdade quando a gente vê Deus fazer.
A gente perde as palavras.
Não é?
A gente fica muda.
De tão...
Sem palavras.
Ele nos deixa sem palavras.
Às vezes ele nos faz chegar nas lágrimas.
Né?
Que a gente não tem o que falar.
Diante daquilo que ele faz conosco.
Não é?
Mas aqueles milagres continuam acontecendo hoje.
Vocês podem guardar isso.
Mas é realmente o que mais me encanta.
É o que Deus faz.
Ele faz no nosso coração.
Na nossa vida.
Como é que ele transforma a nossa vida.
E o que mais me impressiona é a delicadeza de Deus.
Ele é doce demais.
Falo que Jesus é tão doce que ele escorre mel.
Ele é doce.
Ele não invade.
Ele vai trabalhando a gente com sutileza.
Porque agora os dois próximos hoje.
Que Lucas cita é em Zaqueu.
Não é?
Zaqueu queria ver Jesus.
Subiu na árvore.
Jesus olhou pra ele e falou.
Vem cá.
Vem cá Zaqueu.
Hoje eu quero fazer uma refeição com você.
Esse hoje é pra nós.
Hoje ele olha pra cada um de nós e fala.
Hoje eu quero fazer uma refeição com você.
A gente só faz refeição com quem é muito próximo.
Muito íntimo.
Ele quer fazer uma refeição conosco.
Quando?
Na Eucaristia.
Que pena que a gente nem aceita esse convite todo dia.
Vou continuar falando isso com vocês.
Eu acho que vocês perdem.
A gente não tem.
A gente tem que ter consciência do que é a Eucaristia diária.
O que é encontrar com ele.
E como eu lamento quando eu vejo as pessoas na fila de Eucaristia.
Sem saber pra onde elas estão indo.
Voando.
Voando.
Ou então termina de comungar e está voando.
Do mesmo jeito.
Sabe o que vocês tem que fazer depois que comunga?
Pega na mão de Jesus.
Quando a gente vai receber uma visita em casa.
Chega uma visita de surpresa.
A gente sai correndo.
Fecha as portas.
Tudo os quartos está atrapalhado.
Não é assim?
Tudo que está bagunçado a gente esconde.
Fecha os armários.
Dá uma melhorada pra ninguém ver.
Dá uma melhorada só.
E só leva aonde está podendo ver.
Está falando mentira?
Não.
A hora que a gente comungar a gente faz o inverso.
Pega Jesus pela mão.
Fala com ele.
Vem cá que eu vou te mostrar um lugar que ninguém pode ver.
Só você.
E vai entrando para os lugares que está uma bagunça.
Que nem você sabe por onde começa.
Que nem você sabe explicar o que está acontecendo lá.
Está uma confusão.
Está uma sujeira.
Está tudo.
Está um amontoado.
Fala com ele assim.
Só o Senhor pode transformar isso aqui.
Mas Jesus é de tanta delicadeza que eu estava falando agora.
Se eu não mostrar isso pra ele.
Ele não vai ficar igual que as visitas enjoadas.
Fala assim.
Deixa eu ver o que tem naquela porta ali.
Ele não vai fazer isso.
Ele só vai transformar aquilo que a gente entregar.
Aquilo que a gente mostrar.
Falar.
Deixa eu te mostrar a minha miséria.
Vem cá Jesus.
Olha isso aqui que vergonha que eu tenho.
E aí ele vai dar um jeito.
E ele transforma.
Transforma e faz coisas na nossa vida e no nosso coração.
Que a gente não crê.
Fala.
Mas como é que eu já estou pensando desse jeito?
Como é que eu vi isso?
Escutei essa fofoca e nem passei pra frente.
Nem aguardei.
Que espetáculo que a minha língua foi dentro da boca.
Que bacana que eu não julguei.
Que bacana que eu não condenei.
Que bacana que eu fui atenta à necessidade do outro.
Que bacana.
Que bacana que eu fui solidária.
Por que eu estou ficando tão bacana?
É Jesus.
Não é eu que sou bacana não.
É com a olhação dele na minha vida o que tem feito.
Olha como é que eu estou conseguindo me relacionar melhor com meu marido, com meus filhos, com meus vizinhos.
Que é uma arte, né?
Relacionar bem é uma arte.
Olha como é que eu acordo feliz.
Olha como é que eu consigo viver um dia em paz.
Na presença de Deus.
Na presença do ressuscitado.
E que na hora que a coisa está muito difícil.
A gente lembra da presença.
E eu falo para vocês que essa para mim é uma das coisas que mais me consola o coração.
O Padre Jean está falando do cansaço agora das doenças de inverno.
E é verdade.
Quando eu acho que eu já estou arrastando.
Quando eu não vou ser mais capaz de continuar examinando aquele tanto de menino.
Que eu lembro da presença dele ali dentro do consultório.
Que eu olho para o lado.
Eu tenho certeza que ele está ali.
Eu falo, me sustenta.
Me sustenta, Senhor.
E eu consigo chegar até o fim.
Às vezes me anotar.
Dez e meia, quinze para uma.
Isso não é brincadeira para quem levanta às cinco.
É só na presença do Senhor.
Para conseguir raciocinar do início ao fim do mesmo jeito.
Isso não é brincadeira.
Ontem um pai.
Que ontem foi uma fila de pneumonia.
Um pai que saiu.
Entre um.
Um dos que saiu para fazer raio-x e voltar.
Já devia ser onze e meia.
Falou comigo assim.
Ô Filó, eu queria que você me desse o nome do que você toma.
Não.
Mistério na sua vida.
Não é possível.
Você está de salto alto até essa hora.
Você já não vê se é parar para comer.
Não tem nada aqui na mesa.
Você não toma, você não come.
Você está nessa festa com esses meninos.
Tem um milagre.
Eu pago que preço que for.
O que é que você toma?
Me conta o segredo, eu compro o segredo.
Falei, menino, meu segredo é de graça.
Você nunca vai ter, não, menino.
Por causa de quê?
Porque é Jesus.
Você tem que se dispor a ir.
Até aí.
Ele é desejá-lo.
Ele falou, ah.
Ele está vendo por que eu disse que você não terá.
Você ainda não está pronto.
Você ainda não deseja.
Ainda falta um tempo para a sua caminhada.
Filó, você está brincando.
Eu falei, estou não.
Mas você vai à missa mesmo, todo dia.
Eu falei, graças a Deus.
O maior presente que eu tenho na vida.
Acho que ele me olhou e deve ter falado, coitada.
Está trabalhando muito, não está bem.
Mas é porque não sabe a riqueza do que eu tenho, não é?
Não sabe a riqueza que é entrar na casa do pai todo dia de manhã.
Ele falou, eu vim pedir bença, pai.
Que eu vou trabalhar.
Vim pedir sua luz.
Vim te dar um beijo e falar, se você precisar de mim, estou às suas ordens.
Estou aqui só para isso.
Vim te dar um beijo.
Só isso que eu vim fazer.
Isso não tem preço.
Não tem preço na minha vida.
Sei que ele me conduz.
Sei que ele me orienta.
Sei que sopra uns diagnósticos bacanas.
É ele.
Não sou eu.
Mas ele quer comer uma refeição.
Ele quer partilhar as coisas dele.
E a gente não deseja.
Porque a gente fica adiando, sabe?
A gente adia.

A gente adia demais o encontro com Deus.
E isso foi uma coisa que me marcou muito na minha adolescência.
Não era uma adolescência.
Era uma adolescente quando eu entrei na faculdade de medicina.
Porque eu era uma menina.
E um dia eu estava estudando em casa.
Eu sempre estudava com ele, né?
E no meio do meu estudo, eu parei o estudo e falei assim,
hoje você nem sabe o que eu vou fazer com você.
Por você, depois que eu formar.
E falei tanta coisa que eu ia fazer.
E quando eu terminei de falar,
algo aconteceu dentro do meu coração.
Porque foi uma coisa que eu não sabia.




Foi uma coisa tão forte.
Era como se eu tivesse algo falando assim,
e se você não formar?
Olha, vocês não têm noção.
Eu não caí porque eu estava sentada.
Porque eu nunca tinha pensado na possibilidade de não formar.
E eu pensei, é verdade, eu posso morrer.
Antes.
E eu demorei dias, dias, rezando, dias,
para poder pensar, imagina,
eu não tinha nem contato com a Bíblia ainda.
Eu comecei a pensar, eu não tinha nem contato com a Bíblia.
Eu comecei a ler Bíblia em 83, isso era 81.
E eu fiquei pensando, pensando nisso,
eu falei, meu Jesus, como é que é essa história mesmo?
Vai que eu não formo, né?
Até eu entender que ele me queria hoje.
Naquele momento, como estudante,
dentro daquela república, era hoje.
Como ele te quer, hoje.
Então a gente fica adiando.
Eu vou te ajudar quando eu casar,
quando eu aposentar, eu vou ter tempo, né?
Quando meus filhos crescerem,
quando eu virar avó,
quando?
E é hoje.
O tempo de Deus se realiza hoje.
E aí ele não fala nada com o Zaqueu.
Ele fala com o Zaqueu,
vou jantar lá na sua casa,
vou fazer uma refeição lá na sua casa.
Ele não prega na cabeça de Zaqueu, não.
Vocês perceberam isso?
É a presença do Senhor.
Mas Zaqueu experimenta o amor.
É aquilo que eu falei com vocês.
Quando o Zaqueu experimenta o amor,
Zaqueu fala, é melhor eu dividir tudo o que eu tenho,
não é para que isso?
Restituir tudo o que eu roubei.
Porque quando a gente for se sentir realmente amada por Deus,
nossa vida será profundamente transformada.
É isso que ele quer.
Ele quer que você se sinta rodeada de amor,
coberta de amor,
cuidada por amor.
Diga a gente sentir isso, vai ter depressão na nossa vida?
Vai ter não, vai ter tristeza?
Vai ter não, vai ter desânimo?
Vai ter não.
Não vai ter.
Porque nós sabemos de com quem contamos,
que força é que nos carrega.
Que nos conduz.
Que a nossa vida tem um propósito,
que a gente não vive por nada.
Eu não sei se eu estou ligada no propósito, não é?
Talvez o meu propósito seja só o meu umbigo,
e aí eu me perco.
Mas se eu levanto de manhã e falo,
Senhor, eu estou aqui para cumprir a Vossa vontade
no meu dia de hoje, só hoje.
Não é assim? Por hoje.
E uma coisa que eu tenho experimentado,
que eu queria passar para vocês,
é a experiência de rezar só pelas coisas de cada dia.
Então, de manhã eu entrego exatamente o dia
e rezo pelo dia.
E de noite, mesmo que eu tenha
alguma coisa importantíssima para o dia seguinte,
eu, quando eu vou rezar,
eu fecho com ele o dia.
Vamos fazer o saldo do dia,
o balanço do dia, não é?
E amanhã, aí sim, amanhã,
eu rezo pelas coisas de amanhã.
Mas é um dia de cada vez.
É hoje.
Hoje, ontem um pai falou comigo no CTI,
já sei, doutor, é um dia de cada vez, não é?
Falei, é, a grande lição do CTI
é um dia de cada vez.
Daqui um dia vocês vão entender que é um minuto de cada vez.
Porque cada minuto que estamos vivos
é graça.
A gente não entendeu isso ainda.
Então a gente desperdiça tanto o nosso tempo.
A gente
não usa bem o nosso dia.
A gente devia usar o nosso dia,
mas era para trabalhar mesmo,
para fazer muita coisa, para Deus.
Para o outro.
Fulano, meu vizinho está doente. Ai, que preguiça,
eu odeio gente doente.
Nenhum. Lá vai ficar
lamureando, vai falar que está com dor ali,
está com dor lá. Eu não tenho o que falar.
Sabe por que eu não tenho o que falar?
Vou visitar fulano, o filho dele morreu,
a mulher morreu. Não vou nem ter desvio
da pessoa, não é? A gente desvia.
Sabe por causa de quê? Porque a gente não tem nada no coração
para dizer. Isso é triste.
Então por isso que no velório é ridículo
o papel das pessoas. Fica assim, não,
minha filha. Chora, não. Chora, minha filha.
O momento é da lágrima.
Mas creia na ressurreição.
Mas se a gente não acredita,
a gente vai falar o quê para os outros?
Nada. Então por aí vocês imaginam
como é que a espiritualidade está ruim.
Como é que a vida espiritual das pessoas está ruim,
está pobre. As pessoas estão sem raiz.
Não tem o que dizer
na hora da dor. Não tem
um conforto. Não tem um olhar
no olho da pessoa e falar assim, eu só vou
te dar um abraço que é de mão dada. O momento é duro
mesmo. Estamos juntos, mas Jesus
prometeu que estaria conosco.
Ele nos dará o consolo necessário.
Ele proverá as coisas.
Tudo ele fará. Pode confiar
nele. E que às vezes
a nossa fé é o sustento do outro.
Mas às vezes
nem a nossa fé nós damos.
Porque a gente
tem vergonha de assumir a nossa fé
diante às vezes de uma tragédia, de uma
fatalidade na vida de alguém.
Como a gente fica mudo diante
daquilo, a gente acha e a gente
carrega a imagem que Deus
nos pune. Isso é
muito arraigado dentro de nós.
Então a gente fala, qualquer sofrimento que acontece
a gente fala assim, o que será que o fulano fez?
A gente sempre
está achando que Deus está cobrando.
A gente não entendeu
isso que Jesus quer.
Sentir o amor.
Porque o dia que a gente estiver
envolvida desse amor de Deus,
nós vamos ter coragem de ajudar
o outro que está num momento de dor.
Esse momento é difícil,
mas nesse momento nós vamos trabalhar tantas coisas.
Nada nos pertence.
Isso eu tenho que trabalhar com as mães
todos os dias naquele CTI.
Nada nos pertence.
Isso é fácil?
Não. Porque a gente acha que tudo é nosso.
Tem gente que não dá
nenhuma roupa, porque vai que volta a moda.
Aí já está guardado, não é assim?
Vai que volta. Aí eu acumulo.
Vai que está lá.
Vocês acham que eu estou brincando? Eu não estou não.
Isso é triste.
Isso é muito triste. Mas é porque
a gente não tem essa consciência, volto a
falar na consciência, de ser filho
de um pai. E todo mundo
ser filho, não é?
Porque a gente escolhe quem é filho
e quem não é.
Porque a salvação
não entrou na nossa casa igual entrou na de Zaqueu.
Porque eu digo a conversão
entrar, nós vamos entrar e entender
que todo mundo é irmão.
Então ninguém vai precisar de me falar assim
divide essa roupa sua com o outro,
não, porque a partilha será natural.
Eu é que não vou admitir meu irmão deitado ali.
Eu é que não vou admitir
que ele não tem a roupa e eu tenho demais.
Eu é que não vou admitir que ele passa fome.
Ele é meu irmão, nós somos filhos do mesmo pai.
Fomos tecidos do mesmo jeito.
Ai, que revolução.
O que vai acontecer? É a revolução do amor.
Mas na verdade,
bem na verdade, a gente só
quer aquele que me faz
aparecer.
Não é?
Ai, mas se eu ajudar fulano, gente, eu vou aparecer
demais. Vou ajudar aquele lá que ninguém nem
conhece, ninguém nem vai saber que foi eu que fiz.
A gente não quer, a gente quer
brilho.
A gente quer luz e não é essa luz que a gente tem
que ter. A luz que nós temos que irradiar
é outra, é aquela lá, é Jesus.
É outro.
É outro brilho, é outra glória.
É outra história.
Nós estamos caminhando de volta
pra casa do pai.
Só de volta pra casa do pai.
E cada
dia falta menos um.
Já falei com vocês da roupa.
Toda vez que a gente é convidado
pra uma festa, a primeira coisa que a gente pensa,
que eu fico imaginando, Zaqueu, quando falou
vou jantar lá, que espetáculo, que roupa, que toalha,
que tudo, na produção toda, né Adriano, que a gente vai fazer.
A gente é convidado
desde que nasceu com banquete.
Até agora a gente não providenciou
a roupa que nós vamos chegar lá.
A gente não pode
estar diante de Deus
vestido adequadamente.
E a nossa roupagem será feita
pelo tanto que a gente tiver amado.
Então vamos parar de estancar
esse amor que já é derramado em nós.
Esse amor
estancado em nós,
vem de Deus. Não damos conta
de segurar isso não, tem que deixar fluir.
Tem que deixar passar.
A gente segura demais
a gente segura demais.
A gente, a hora que vocês entenderem
e puderem viver profundamente
o que é o amor, não é?
Como é que ele faz as coisas, como é que ele transforma
as coisas, não é?
Como é que ele dá um outro olhar
para todas as situações?
Mas é só com
o olhar da fé que a gente vai
viver e ver a presença de Deus
na nossa vida. Porque a gente não vai palpar,
nós não palpamos Jesus,
eu palpo o meu irmão
e posso ver Jesus
nele. Mas
se eu não tiver essa consciência
da minha fé, daquilo que me sustenta,
realmente eu não caminho na presença.
E o último hoje
que Lucas fala,
é na hora da
crucificação, que Jesus está
entre os dois ladrões, e eu falo
com ele, Senhor, lembra-te de mim.
E ele fala, hoje
estarás comigo no paraíso.
Gente, eternidade
é estar diante de Deus, é conviver
com Deus.
O dia que a gente passa a conviver com Deus
diariamente, estar atento
a Ele diariamente, nós já estamos no
paraíso. Por maiores que
sejam as dificuldades aqui, porque a presença
de Deus é a única coisa na nossa vida que não tem preço.
Não tem nada
que nos conforte mais, não tem
nada que nos sustente mais, não tem
consolo maior
do que saber que eu estou na
presença do Senhor.
Que eu tenho um Deus que cuida
de mim, e que nada
pode me tirar da mão
dEle. Isso não tem preço.
Ninguém me tira
da mão dEle.
Ninguém. E que quando
eu falo e peço, Ele
me escuta.
Isso é demais.
Na simplicidade da minha
oração, de falar assim, por
favor, Senhor,
tem de misericórdia de mim? Ele terá.
Naquele dia, naquela
hora, que Ele sabe.
Isso não tem
preço.
Mas
nós deixamos isso perder.
Nós estamos vivendo
esse momento, a última semana, a
sétima semana da Páscoa.
E Jesus sempre quer estar presente
conosco, porque a gente
sempre quer estar presente, perto
de quem a gente ama.
Então Ele não quer ficar longe de nós.
Nós é que insistimos
em ficar longe de Deus, não é?
As pessoas falam, mas Deus
não me escuta. Eu falo, claro que escuta, é só
abrir a boca e falar.
Rezar, chamar por Ele,
se experimentar chamar Deus de meu
pai, se experimentar pedir colo
para dormir, peça, eu tenho que pedir toda
noite, senão não dá tempo, eu tenho que dormir três horas, três horas
e meia por noite.
Se Ele não me restaurar, eu não estou de pé para estar no CTIA7.
Então é pedir colo, pedir me
restaura, liga minha tomada, não sei
de novo, eu falo com Ele, a minha tomada está aqui,
eu já estou desenergizada. Enquanto eu durmo,
você me recarrega.
E acordar, cheio de Deus.
Mas é porque
é preciso ter intimidade.
É preciso falar.
É preciso acreditar
no amor de Deus
por nós. Que cuida de cada
coisa. Vocês vão falar, Filó, você não sabe
da minha vida, você não sabe da dor que eu estou vivendo,
você não sabe do sofrimento que eu estou passando.
Eu posso imaginar que tem
muita coisa difícil, vocês não sabem
a dificuldade que eu vejo.
Mas em tudo eu sei o que Deus faz
e do que Ele é capaz de fazer.
É o que eu falo com os pais todos os
dias. Do ponto de vista médico, a
situação é essa. Mas existe
um que transforma tudo o que eu falo.
Geralmente eu costumo virar
tudo o avesso. Reze.
A gente não tem consciência
do poder da oração.
A oração muda o mundo.
Porque muda o meu coração.
Ele transforma
todas as coisas.
Então é preciso
acreditar, né? Nós estamos
vivendo o período da presença.
Gostaria que vocês vivessem
tanto essa presença essa semana,
que vocês tivessem tanto essa consciência,
de ser filho
de um Deus
que é vivo.
Vivo.
Que Ele caminha ao meu lado.
Que Ele está dentro do meu coração.
Que Ele me orienta, que Ele me conduz.
E que só vai chegar
na minha vida aquilo que Ele permitir.
E tudo que vier, mesmo que seja a dor,
é pro bem. É pra que
Ele me transforme. É pra que eu seja
melhor.
Quando a gente está educando o filho, muitas vezes
você fala não pro seu filho.
Muitas vezes. Mas você fala não pra proteger.
Pra cuidar.
A gente não pode dizer sim sempre, porque às vezes ele vai
machucar com aquele sim.
Assim Deus é conosco.
Mas a nossa confiança nele tem que ser
ilimitada. Tem que ser
incondicional. Fala, vou falar com
meu pai. E aguarda.
Vocês têm que viver essas experiências.
Vocês têm que passar isso pra outras pessoas.
E falar, faça
isso. Confia.
Entregue.
Mas pra isso nós temos que,
primeiro, ter vivido isso. Se eu não
viver essas coisas, eu nunca vou conseguir convencer
vocês. Vocês podem pisar lá.
Pode andar ali, ó. Dá certo.
Sabe por quê? Porque a melhor
coisa que tem nesse mundo é
Deus. É Jesus.
Porque você não precisa
pensar assim, será que vai dar certo?
Não, já deu.
Será que Ele vai ouvir? Não. Ele já ouviu.
E será que Ele vai fazer?
Com certeza Ele fará.
Essa certeza, essa fé
que nós temos que carregar.
É essa fé viva
que as pessoas olham pra você. Ninguém acerta
comigo, né? 100% falam que eu sou evangélica.
100%.
Ninguém acerta.
É pela forma, é pela
força de falar.
Falar, Deus fará.
Sem medo. Porque a gente fala
Deus fará, mas fica pensando assim, mas será que vai fazer
mesmo? Se Ele não fizer, eu vou ficar de cara grande
com aquela pessoa.
A gente confia bem mais ou menos.
Eu quero que vocês exercitem a confiança
absoluta e incondicional.
Porque um Deus
igual a esse que nós temos,
Ele não tem preço.
Gostaria só agora que vocês
ficassem mesmo em silêncio e
rezassem. Rezassem
agora, veja, pega na mão de Jesus,
convida Ele igual
o Zaqueu convidou.
Na hora que Ele entrou na casa de Zaqueu, que Ele entre
na sua casa agora, casa do seu coração.
Mostre pra Jesus
hoje
qual é o milagre que vocês precisam.
Aonde que Ele precisa
transformar
hoje
porque Ele está
no meio de nós, agora
hoje
e Ele fará esse milagre que você está esperando.
Louvado seja
nosso Senhor Jesus Cristo.
Amém.